Eu adoro kizomba, não é segredo para ninguém. Aprendi os primeiros passos desta dança há pouco mais de um ano, e há pouco mais de um ano que sei de cor as músicas (e letras) dos hits kizombeiros que por aí circulam.
Kizomba, semba, afro-music... passou a ser uma constante na rádio do carro, na playlist / youtube enquanto estou no escritório, na cabeça enquanto vou vivendo o dia-a-dia.
Reconheço que, apesar da música normalmente ser muito boa (mexe connosco), as letras nem sempre são as mais "profundas". Normalmente uma kizomba fala da Bo, em como a Bo o deixou, em como a Bo foi deixada por outra e ela se vai arrepender, em como o Angolano anda desesperado atrás da Bo... e é isto.
Não me faz muita diferença, confesso. Se formos a traduzir os hits cantados em inglês, a coisa também não anda muito longe disto. E as pessoas gostam, cantam, e oferecem prémios aos autores destas letras "originais".
Mas há uma música que me tira do sério. E muito.
Não é por causa dos acordes em si (tem uma boa musicalidade, uma boa batida, dá para dançar bem).
É por causa da letra.
Que raio de letra é esta, senhores???? Estamos em pleno século XXI!!!!!
Então:
A música é do Juvencio Luyiz - "Amor de hoje". Escutem pfv (sobretudo o refrão), e partilhem comigo a vossa estupefacção.
Diz / canta o rapaz:
"Minha vida está um dilema
Se, casar é um problema
Precisamos resolver
Chego a casa logo de manhã
Pra com a família relaxar
E eu pergunta para a minha filha
Filha onde foi a mamã?
E até agora de manhã, mamã, não voltou
Sei que não é a primeira vez
Segunda vez ou a terceira vez
Eu não aguentei
Quase me envenenei-ei-ei
Quer dizer o quê?
Se janto fora, jantas fora
Pra fazer o quê?
Se vou para os copos, também vais
É desafio ou quê?
Ta competir o quê?
Ta me mentir você?"
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