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Super Tico e Teco

É um facto que tenho uma imaginação assim um tanto ou quanto... desenvolvida. Excêntrica mesmo. Por vezes oiço falar em algo e logo começo a imaginar mil e uma situações, uma espécie de sonho com fantasia.... sendo que o mais certo é dar por mim, no intervalo de tal situação imaginada e à falta de publicidade, imaginar os meus nerónios uns de óculos, outros de mangas à antigo contabilista, a planearem e a projetarem mil e uma ideias.

Mais que isto ser culpa do excesso de livros que li em garota (entre outras coisas) e da avalanche de publicidade que eu consumia nos meus tempos de teenager, devo ter também forte influência de uma sitcom que passou no início dos anos 90, na RTP: o "Herman's Head"".

Do casting não me lembro grande coisa, mas aquela ideia de contar uma história tendo por base 4 neurónios do Herman - o intelectualóide, a sensível, o ansioso e o invejoso - deixou-me bastante impressionada. De tal forma que, hoje em dia, dou por mim com mil e uma ideias e, de repente, a transformá-las conforme o enredo desta sitcom.



Esta tarde voltou a acontecer o mesmo. Ao planearmos mais um sonho para a Terra dos Sonhos, dei por mim a ter uma série de ideias em catapulta (tipo pipocas). O que inevitavelmente me transportou para o interior do meu cérebro, e encenar uma imagem dos meus neurónios todos em plenário, com os braços levantados, e a gritarem "eu! eu" para serem os próximos a dar o seu parecer.

Sim. Eu sou estranha. E penso estranho.
Mas a culpa não é minha: tenho é uns neurónios que trabalham muito mais do que lhes é pedido!

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Bipolaridade com a comida

Em casa
Jantar: peixe com batatas e legumes
Os putos: "ó mãe, bhlaccchh!!!! Não quero!!!!"

Na escola / ao regressarem do atl
Eu: Então, o que foi o almoço?
Ambos, em sintonia: "uma delícia!!! Peixinho com batatas e legumes!"


Really? É do fogão? Do tipo de batata? Ou apenas embirração pura??????

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Apetece-me fazer serviço público

E ajudar o Governo. A nível de novos impostos e "aumentos" de receitas.
Neste último ano, temos assistido a um enorme "esforço" por parte dos vários Ministérios em conseguir acompanhar os objectivos da Troika. Algumas cabeças (civis) imaginam que, a par do que acontece com 90% das famílias, também o Governo deveria reduzir despesas (juntamente com algum aumento de receitas) para poder fazer face à sua parca economia. Mas claro que as mentes iluminadas que nos representam acreditam que conseguem os seus objectivos aumentando a carga fiscal nos (cada vez menos) contribuintes. O que os leva constantemente a um aumento ora da segurança social ora do irs ora do iva. E, por mais voltas que dêem, o resultado é sempre o mesmo - e o descontentamento também.

Ora eu compreendo que, se o Governo acredita que consegue fazer face ao estabelecido pela Troika apenas aumentando receitas (a curto prazo) e não tentando reduzir as despesas, então está na altura de nós (eu), contribuintes, contribuirmos não só com o cada vez menor rendimento mas também com novas ideias para novas taxas e impostos.

Daí que, em menos de 10 minutos (em plena IC19, a caminho de casa), me lembrei de novas alternativas para um rendimento rápido e "eficaz" para os cofres do Estado. Por isso, sugiro entre outras ideias:

1. Imposto sobre o desemprego
É inadmissível que, nos dias que correm, haja pessoas que se dão ao luxo de estarem desempregadas (e assim tentarem livrar-se dos impostos afectos aos empregados). Como tal, deveria haver uma taxa (de uns 10% mensais sobre o seu último rendimento declarado ou, na falta deste, sobre o valor dos seus bens) sobre os desempregados (por iniciativa própria ou por vontade da ex-entidade patronal). E como é que seria aplicada? Penhorando contas bancárias, subsídios, ou novos rendimentos assim que eles surgissem - até que a dívida ficasse saldada

2. Taxa de consumo
Eu sou do tempo em que ouvi os meus pais ou avós a falarem do tempo em que eles tinham de dividir uma sardinha para cada 3, ou que apenas provavam canja de galinha quando alguém estava para morrer. E eles (os pais ou avós) sobreviveram. Por isso, tudo o que fosse adquirível em supermercados para lá do pão, manteiga e latas de atum, deveria ter uma sobretaxa de consumo. Ou seja: em vez de um bife custar, p.ex, 1.50€, passaria a custar o dobro, sendo que o valor em excesso iria diretamente para os cofres do Estado. Desculpem lá, mas ninguém morre de fome a alimentar-se de pão com manteiga e latas de atum - o que faz com que, consequentemente, uma refeição composta por arroz com bife (p.ex) seja sinal claro de novo-riquismo e uma quase luxúria. Pague-se pois por este luxo.

3. Selo de transporte
Quem utiliza um veículo automóvel deve ter a consciência prévia que, antes de conduzir, houve quem se preocupou (e investiu) em estradas, portagens,  combustíveis,.... ao mesmo tempo que as empresas público-privadas de transportes viram os seus rendimentos decrescerem só porque o utente se sentiu no direito de ter um transporte só para si. Desta forma, todo o titular de transporte próprio (automóvel, mota, bicicleta, patins), deveria pagar um selo anual corresponde a 50% do valor de mercado do seu meio de mobilidade. A ver se o povo não voltava a utilizar a Carris ou a CP!!!!!

4. Lei do maior número de compras
Toda e qualquer entidade que fornecesse bens ou serviços, entraria num sistema de "quanto mais declarares menos descontos fazes" (tendo em conta o seu código de actividade e área de influência). O que levaria a que - se um consumidor que declarasse um ordenado de 500€ (p.ex) adquirisse compras, num determinado mês, de 501€, não só teria de se haver com o fisco (malandro, que andas a receber por fora!) como teria de pagar um contributo de "mais-valia não esperada". Desse contributo extraordinário, uma parcela poderia ir para as entidades que declararam transações com tal contribuintes (com forma de recompensa por denunciarem as compras desse mesmo consumidor-prevaricador)

5. Tototaxa (a melhor de todas)
Com o apoio da Santa Casa, a Tototaxa seria sorteada semanalmente (aos domingos, p.ex) e transmitida em direto por todos os canais de televisão nacionais. Aproveitando a mesma dinâmica do antigo sorteio das lotarias, haveria 9 meninas junto a tômbolas com dígitos, que todos os domingos "cantariam" o número de contribuinte que, nessa semana, iria pagar um imposto suplementar. Assim:
 - seria sorteado um número de contribuinte por semana
 - o infeliz contemplado teria de, no espaço de 2 dias, depositar nos cofres do Estado, um prémio de 1000€
 - os infelizes contribuintes cujo último dígito fosse igual à chave "vencedora", deveriam, no espaço de 2 dias, depositar nos cofres do Estado um prémio de 10€
  - se, na 5ª feira posterior ao sorteio, houvesse algum "perdedor" que não tivesse contribuido com a sua parte, seria anunciado em todos os telejornais um mandato de "captura" - sendo que o contribuinte que 1º o denunciasse, receberia metade do prémio em dívida (no fundo, uma forma de incentivar a denúncia)
 - se, ainda assim, ao fim de uma semana, não se tivesse conseguido apanhar o pagador em falta, o prémio acumularia para o domingo seguinte - e o próximo sorteado não teria de pagar 1000€ (p.ex), mas antes o dobro
Até já estou a imaginar:
Domingo, 19.55h (antes das notícias), aparecem 9 meninas todas vestidas de igual, em que uma a uma vão cantando os números que saiem: " 2....1....0....2...4......5...4...2.....1!"      "210245421"         "são mil euros!!!""" E o contribuinte 21024521 entra em estado de choque pelos 1000 euros que tem de pagar, e todos os contribuintes cujo número de identificação termina em 1 ficariam a suspirar pelos 10€ que teriam de pagar.....
Melhor ainda: a Santa Casa poderia inclusivé utilizar o famoso jingle do Totobola e adaptá-lo à seguinte letra:



TotoTaxa semanal
Pra lixar o pessoal
Sorteia o NIF
que lá terá de desembolsar
Boa Sorte!
Paga ou raxa!
É o TotoTaxa!






Que tal, Sra. Maria Luís??? Gosta destas ideias?
Como é, Coelhito??? Parece-lhe bem???

Fica apenas um alerta.... estas ideias já têm direitos de autor!!! Quanto é que quer pagar por elas?

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El Desperado

Há um tipo de homens que, volta e meia, aparece em grande escala na nossa sociedade. Tal como animais migratórios ou mesmo pragas de insectos (mal comparado, né?), sazonalmente esvoaçam e poisam à nossa volta, não nos largam, e se um se afasta aparecem logo 2 ou 3 para ocupar o seu lugar. Esses homens são "El Desperados".

Este género de machos caracteriza-se muito facilmente: está na casa dos 30 / 40, anda à procura de uma relação "longa e séria" mas ainda sofre com o fim da relação anterior. O que o leva, inevitavelmente, a ter uma série de comportamentos típicos e sintomáticos:
- assume que uma troca de telemóveis e aceitação, da parte da conhecida / nova amiga, em ir sair, é já pressuposto para encontros sucessivos e constantes
- ao fim de 1 ou 2 saídas (no máximo), trata a amiga / ou conhecida por "Môre"
- é um depressivo em grande escala. A vida é sempre escura, triste, fria
- é um poeta ainda desconhecido mas com excelente potencial ("A vida só se ilumina se encontrarmos o verdadeiro amor. Até lá tudo não passa de uma tonalidade de cinzas e cores sisudas que o destino insiste em utilizar para dar cor aos nossos dias")
- assume que 2 saídas seguidas é sinónimo de namoro, relação, compromisso, com direito a conhecer toda a família e amigos da outra parte
- na 2ª saída começa a fazer planos a longo prazo, assumindo desde logo que o compromisso está para durar ("pró ano não gostavas de ir até Sevilha?")
- na 2ª saída, ainda, assume que os filhos da outra parte o verão quase como que um tio ou segundo pai ("os miúdos adoram-me, faço imenso sucesso com eles, vais ver")
- se ele não tem filhos mas a amiga / conhecida já é mãe, informa desde o primeiro minuto que "eu também ainda gostava de ter um filho, pelo menos!"
- consegue enviar um mínimo de 5 mensagens por hora, para a mesma destinatária, sendo que a comunicação entre mensagens é algo do género:

  • (19h) "olá, logo queres ir beber um café?"
  • (19.07h) "olá, não sei se recebeste a mensagem que mandei há 10 mins, sabes o meu tlm está com alguns problemas. lol. Logo queres ir beber um café?"
  • (19.25h - ante a falta de resposta da nossa parte. Nem lhe passa pela cabeça se nós tivemos ou não tempo ou possibilidade de ver as mensagens entretanto recebidas) "está tudo bem contigo?"
  • (19.44h - nós chegamos da natação ou outra actividade qualquer e reparamos que temos mensagens não lidas, enquanto vamos recebendo mais uma, do género) "passa-se alguma coisa? estás zangada comigo?"
  • (19.47h - para eles, assim que recebemos uma mensagem deles devemos parar tudo o que estamos a fazer e responder de imediato) "pronto, não te chateio mais! Já percebi que estás demasiado ocupada para me responderes"
  • (22h) "só para te desejar uma boa noite"
  • (23h) "tenho saudades tuas. Desculpa se estou a abusar. Amanhã queres ir beber um café?"
Obviamente que muitas mulheres gostam deste tipo de homens. Aliás, verdade seja dita que, grande parte das mulheres também já foi assim, com estes mesmos sintomas. Mas enquanto que as mulheres foram "Desperadas" com 16 anos, aquando das primeiras relações afectivas, e depois foram crescendo e mudando com a idade e experiência, a situação deles é proporcionalmente inversa. Iniciaram a sua vida afectiva com grande desprendimento, mas chegam aos "intas e entas" e tornam-se carentes - e melgas.

"El Desperado" é a carência em excesso. É o que se costuma designar por "melguice crónica". E está atualmente em força aí pelas ruas e bares do nosso país. Pode ser que, com a mudança de estação que estás prestes a começar, haja novamente um maior equilíbrio entre este tipo de homens e os outros (os que nos dão uma dor de cabeça - mas pelo lado positivo!!!).


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