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Eu, o carro, as chaves e o lixo

Desde que tenho o atual carro que tenho tido muitas (como eu dizer?....) "situações" com a segurança do mesmo. O que me leva a pensar até que ponto o destino não me quer dar a entender que, se fosse com outro carro, se calhar a coisa até poderia correr melhor!

Então:

  1. tinha eu o carro há uns 3 anos, quando o primeiro sinal apareceu. Vinha eu do trabalho, era Inverno e já passava das 19h, e eu tinha de ir buscar rapidamente os miúdos ao infantário, antes que o mesmo fechasse. Por qualquer motivo (não me lembro) fui a casa e, ao sair, levei o lixo. Ora, quando o fui despejar (para depois me dirigir ao infantário) quem é que acompanhou o saco de detritos? A chave do carro, pois claro! A minha sorte foi que o camião do lixo tinha passado poucas horas antes, portanto o contentor estava ainda quase vazio. E, como tal, em plena noite de Inverno e com aquela chuvinha "molha-parvos", lá me coloquei eu dentro do contentor à procura das chaves. Acabei por as encontrar e ir, a correr, para o infantário, malcheirosa e stressada com o decorrer de tempo.
  2. o puto sempre foi aquela criança mexida, quase hiperativa, que nunca pára sossegada. Com os seus 2 / 3 anos, tinha um especial prazer em tirar o cinto de segurança e soltar-se pelo carro fora, mesmo que com isso raiasse o perigo iminente (claro que, nessas alturas, só me apetecia sei lá o quê e dava-lhe sermões de meia-noite!). Ora, umas semanas depois do sucedido no parágrafo anterior, ainda Inverno, fui buscar os miúdos ao infantário já depois das 19h (outra vez). Coloco o puto no seu lugar. Tento colocar a miúda no seu lugar, mas a chave pendurada no pescoço atrapalha-me os movimentos. Tiro a chave do pescoço e atiro-a para o "meu" lugar. Oiço algo a que não dou importância. Prendo a miúda à cadeira, fecho a porta e.... "trac" o carro tranca-se todinho. Com os putos e a chave lá dentro. Desata a chover. E, de repente, dou comigo a gritar "puto, tira o cinto!" - e ele nada! "puto, tira o cinto e vai apanhar a chave" - e ele "não, mamã, tu ficas zangada!". "puto, carrega no botão da chave!" - e ele, mais sossegado que menino de coro em dia de missa do galo! Por fim, depois de muito insistir, o garoto lá saiu do seu lugar, apanhou a chave, carregou em todos os botões e, finalmente, a porta abriu! Escusado será dizer que levou com milhares de beijos por aquela cabecita fora!
  3. há uns 2 anos atrás, em preparativos para as "férias grandes", recebi em casa a nova carta verde. Com o stress da viagem que me aguardava, toca a pôr papel importante num lado, lixo no outro, e na hora de seguir viagem e ao fechar a casa, é hora de despejar as sobras - incluindo o seguro e livrete. Foi preciso o saco de lixo chegar ao fundo do contentor (atenção que aqui a ação já se passa na Amadora, onde os contentores são enterrados no chão) para me lembrar que, se calhar, os documentos do carro também lá estavam incluídos. Ainda perguntei ao puto se ele não gostaria de ir lá baixo apanhar o saco, mas o puto, não sendo nada parvo, recusou-se veemente. O que me valeu foi a vizinha de cima que foi buscar o escadote a casa, chamou a filha e, as duas, lá foram apanhar a documentação perdida.
  4. por último - à data de hoje: normalmente no início de cada mês faço as compras "grandes", repondo depois no resto dos dias os frescos e alguma falta que haja para a despensa. Ora no início deste mês lá fui eu (com os putos) ao Continente, para as compras de Janeiro. Regressamos a casa, sacos do carro para o prédio para o elevador para casa. Ao fim dessa tarde, toca a preparar tudo para os garotos irem à natação. E quando nos dirigimos para o veículo e depois de despejar o lixo do dia, "onde estão as chaves do carro??" Claro que, por muito que tenha procurado, elas nunca apareceram! 1ª aflição? Ai que me levam o carro - toca a guardá-lo na garagem, mediante o devido pagamento. 2ª aflição? Credo que o valor /por dia é mais caro que sei lá o quê! Por isso, toca a comprar uma tranca para o volante e ir à Skoda encomendar novos canhões e fechaduras para o carro. Nunca cheguei a perceber se perdi de facto as chaves - ou se as deitei fora, juntamente com o lixo desse dia. Mas hoje, quando fui levantar o meu "boguinhas" (com os seus novos canhões e chaves) percebi que: ou eu tenho um problema com as suas chaves - ou com o lixo - ou com ambos.

Desde já agradeço toda a ajuda e psicanálise possível. E que, nos tempos mais próximos, não volte a juntar ao lixo pertences que, de uma forma ou outra, estejam relacionados com o automóvel. Irra - é que a história do meu "4 rodas" merece muito mais do que estar sempre envolto em contentores e material passível de reciclagem!

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